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[terça-feira, setembro 21, 2010]

A difícil arte de ser careca

Com a interrupção da quimioterapia meu cabelo começou a crescer irregular e desgovernadamente. Como quinta-feira já volto a fazer aplicações decidi raspar o cabelo, desta vez em casa, para economizar míseros R$10,00.

Muito bem, nada a temer. Peguei um punhado de coragem, me botei na frente do espelho com uma Gillette em mãos e descobri rapidamente que se a primeira faz tcham e a segunda faz tchum, a terceira faz um estrago danado!

Tudo bem, a primeira vez a gente nunca esquece, aquela coisa toda.
Lavei o sangue, peguei o tubo de espuma Prestobarba do Rogério, dois punhados de coragem e voltei pra frente do espelho.

A primeira constatação é que a espuma Prestobarba funciona mesmo! [Alô, Gillette, um patrocínio?!]
Ameniza o atrito, faz a lâmina deslizar que nem manteiga, dando muito mais segurança para manusear o bicho em partes curvas [oi Kika, estamos falando de uma cabeça!] e fora do meu campo de visão.

A segunda constatação é que raspar a própria cabeça é muito mais difícil do que parece nos filmes. A lâmina trava no cabelo se não usar espuma, o cabelo não sai, tem que passar de novo e de novo e de novo!

A terceira constatação é que minha cabeça não é grande. É enorme! Meu Deus, demorei uma vida pra fazer a volta toda!

A quarta e mais importante constatação é que nunca, nunca se deve tomar um banho quente depois de raspar a cabeça. Dói e dói muito!

Cabeça nova e fresca, pronta para a primavera!
Um beijo para que tem cabelo e para quem não tem também.

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