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[sexta-feira, março 28, 2008]

Os sem-educação.

Meus vidros trepidam absurdamente... Quem mandou morar na Osvaldo Aranha?
Antigamente as manifestações eram embaladas a músicas politizadas, cantadas a plenos pulmões, cabelos ao vento, toda aquela atmosfera low-fi.
Já hoje em dia, os tchutchucos chegam com caminhão de som, tocando um funk carioca no último volume! Quando não, um "líder estudantil", de megafone em punho, se esmera em versos profundos, do quilate de "Ôôô Yeda, você já viu! Queremos que a Yeda vá pra p#@$%*&!!!"

Que Hair que nada! A coisa agora é Tropa de Elite!
Aquele povo todo aglomerado na escadaria do Instituto de Educação, fazendo ecoar no bairro [caminhão de som, lembra?] o alerta de que estão tomando as ruas de Porto Alegre [?!]. "Não saiam de casa em seus carros, tenham paciência, estaremos passando pelas ruas do Bom Fim, Centro e Cidade Baixa até as 14 horas."

E o discurso? Muito bom! Pegue os estudantes, os sem-terra, os sem-teto, os sem-emprego, os sem-roupa, os sem-mesada, os sem-educação, coloque tudo dentro de um saco, amarre, agite bem e tenha muito cuidado ao abrir, pois só Deus sabe o que sai de lá... E viva o dadaísmo! Viva a miscigenação!

Quando finalmente os queridos conseguem a liberação da coordenadora do IE para que os estudantes-que-não-conseguiam-estudar se juntem a eles, o ápice da festa acontece: a manifestação toma a Osvaldo Aranha, causando o caos absoluto no trânsito, impedindo compromissos importantes, como o acesso aos dois hospitais mais movimentados da cidade e os estudantes-que-não-conseguiam-estudar do instituto dos sem-educação vão para onde a pobre coordenadora previa: pra casa.
Ta certo, pede pra sair!

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